• 25 de Novembro de 2024

Vulnerabilidade Social

Vulnerabilidade Social

O gerente de Projetos da Cáritas Diocesana de Cachoeiro de Itapemirim, Jhone Souza de Paula, apresentou, na reunião virtual da Comissão de Defesa da Cidadania e dos Direitos Humanos desta quinta-feira (20), as iniciativas da entidade filantrópica para acolher pessoas em vulnerabilidade social. Uma delas pôde ser percebida durante as chuvas que acometeram a região sul capixaba ano passado.

“Nós, enquanto Cáritas Diocesana especificamente em Cachoeiro, nunca havíamos passado uma situação tão adversa como foi no início de 2020, que foram as enchentes”, lembrou Jhone, ao se referir à atuação dos voluntários do Programa Meio Ambiente e Gestão de Risco e Emergência (Magre), desenvolvido pela instituição beneficente.

“Estivemos in loco, vimos todas as necessidades. A gente saía às 6 da manhã e voltava à meia-noite”, destacou, referindo-se aos deslocamentos da equipe feitos a municípios alagados como Iconha e Vargem Alta. Além desse programa, o gerente também falou sobre a Casa de Passagem Santa Tereza de Calcutá, criada em 2009 para receber pessoas em situação de rua.

“Ela (a pessoa) vai ficar aqui junto com a nossa equipe multidisciplinar que nós temos, psicólogo, assistente social e coordenador, e vai construir um projeto de vida”, explicou. O indivíduo atendido recebe alimentação cinco vezes ao dia, além de materiais para higiene pessoal e pode se alojar de três a seis meses na instituição.

Outra iniciativa é o Lar João XXIII, que acolhe idosos com 60 anos ou mais em risco social e laços familiares fragilizados. O espaço passou a ser administrado pela Cáritas há dois anos e hoje cuida de 43 idosos. “A Cáritas saiu desse olhar assistencialista e na década de 90 a gente vem atuando junto com as políticas públicas”, pontuou o convidado, ao destacar que a entidade conta com CNPJ e certificado na área de assistência social.

Pedido de apoio
Durante a reunião, participantes ressaltaram a importância de a entidade de Cachoeiro receber apoio. Um deles foi o padre Ronaldo Borel de Freitas, que atua na Paróquia Sagrada Família (distrito de Soturno, em Cachoeiro). “Precisamos de cada vez mais parceiros para somar conosco a fim de que a nossa presença seja cada vez mais eficiente”, disse.

O presidente da Comissão de Cidadania, deputado Luciano Machado (PV), colocou o colegiado à disposição da instituição e ganhou a aprovação da colega Iriny Lopes (PT). Luciano afirmou que se propôs a ajudar com os custos. “Eu garanto pelo menos R$ 40 mil de emenda impositiva, que é um dinheiro que vai direto para a Cáritas”, adiantou o parlamentar.

Os participantes da reunião reconheceram a atuação da Cáritas para minimizar o sofrimento dos menos favorecidos, sobretudo na pandemia. O padre Juliano Ribeiro Almeida, da Paróquia Nossa Senhora da Penha (em Alegre), ressaltou que “a Cáritas promove caridade sem ideologia, sem qualquer tendência partidária”, em busca da justiça social e respeito aos direitos civis.

No mesmo sentido, Iriny Lopes considerou que a “solidariedade vai perdendo um pouco de terreno”, mas reiterou que não pode ser esquecida. “Estamos vivendo momentos muito difíceis, o número de desemprego cresce assustadoramente”, avaliou. Conforme disse, a fome voltou “com muita força no País junto com a dureza da pandemia”.

A reunião também teve a presença do vice-presidente da Cáritas de Cachoeiro de Itapemirim, Rogério Falqueto Júnior.

Foto: Lucas Silva / Texto: Marcos Bonn

Fonte: Diocese de Cachoeiro

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