Superstições de Ano Novo: O que a igreja orienta?
Estamos nos despedindo de 2022 e celebramos a chegada do ano novo. Com a aproximação do Réveillon, é comum surgirem várias informações sobre o que fazer para conquistar tudo aquilo que desejamos para o ano seguinte. São inúmeros conselhos místicos sobre qual cor vestir, o que comer, como conquistar amor, emprego, dinheiro e alcançar diversos objetivos.
Mas a igreja orienta tomar cuidado com atitudes aparentemente inofensivas. Segundo o Monsenhor Dalton Meneses Penedo, pensar que podemos manipular o mundo espiritual a nosso favor é um grande engano.
“Mesmo parecendo meras brincadeiras, as simpatias estão, de algum modo, associadas ao desejo de manipular os outros e as circunstâncias por meio da ‘mágica’, e isso não é bom nem reflete a vontade de Deus. Quem é de Deus e vive por Sua Palavra anda pela fé, confiando totalmente na providência dele. Ou seja, superstição é colocar sua esperança em providencias mágicas”, explicou.
A palavra “superstição” vem do latim “superstitionem”, vocábulo cuja origem até hoje é controvertida, embora seja consenso de que o prefixo super (acima) refira-se aos poderes que estão acima dos homens. Superstição poderia ser então acreditar em forças que estão acima da natureza. Nesse conceito, a religião seria uma forma de superstição. No entanto, superstição significa acreditar em forças e realidades mágicas, sem qualquer fundamento racional. Dessa forma, fé e superstição, embora sejam realidades aparentemente próximas, são bem distintas. A confusão é grande! Por isso, o Catecismo da Igreja Católica coloca a superstição como um pecado contra a fé, “um excesso perverso contra a religião” (CIC 2110).
“Isso vale para algumas orações também, por exemplo: ‘Novena Infalível para Casar’ ou ‘Oração Infalível para Cura’. Que oração é essa que obriga Deus, que é onipotente, a fazer nossa vontade? Isso não existe! É superstição!" Explicou.
