Carmelo São José celebra 25 anos de fundação, em Cachoeiro de Itapemirim

De diversos pontos de Soturno, distrito de Cachoeiro de Itapemirim, é possível ouvir o sino que marca o horário das orações e das principais atividades no Carmelo São José, que há 25 anos ajuda a escrever a história da fé Católica no interior do Espírito Santo. As irmãs da comunidade carmelita descalça feminina, abriram mão da família, do conforto e do mundo para se dedicar à forma mais radical da vida religiosa: a clausura.

Atualmente, 12 irmãs vivem no mosteiro. Elas acordam às 4h50 para realizar as horas canônicas. O dia se encerra às 21 horas, também com orações.

As monjas Carmelitas têm contato com as pessoas através de missas, do comércio e da ajuda que oferecem à população, mas na área em que as irmãs ficam enclausuradas, ninguém pode entrar. É o local onde elas dormem, têm o refeitório, fazem atividades do dia. Lá elas passam a maior parte do tempo.

Para ajudar a custear as despesas do mosteiro, as monjas também trabalham na confecção de velas e restauração das imagens. A parafina é derretida, colocada em formas e, depois, as irmãs fazem o acabamento e arte final.

São 25 anos de uma rotina imutável, mas que se renova pela fé. Em ação de graças ao Jubileu de Prata de fundação do Carmelo São José, nesta terça-feira, 21 de junho, uma Celebração Eucarística foi presidida por dom Luiz Fernando Lisboa C.P, bispo diocesano, e concelebrada pelos frades carmelitas descalços: Frei Marcio O.C.D e Frei Émerson Santos, provincial da Ordem dos Carmelitas Descalços, na capela do convento. Participaram também, padres e diáconos diocesanos de Cachoeiro e dezenas de fiéis.

“Neste espírito, nossa diocese se alegra e rende graças a Deus pelas Irmãs Carmelitas, por todo seu trabalho e a importante e bela missão que estas têm junto ao Povo Deus”, comentou dom Luiz Fernando Lisboa.

Provindas da ‘Terra do Sol’, como as próprias Monjas Carmelitas se chamavam na época, em 15 de junho de 1998, em uma quarta-feira, as religiosas vieram da cidade de Fortaleza, no Ceará e, desde então, vivem uma vida de oração e intercessão pela igreja de São Pedro.

Localizado a 10 km do Centro de Cachoeiro, numa estrada a 300 metros da rodovia ES-164, que liga Cachoeiro a Vargem Alta, o mosteiro tem um santuário com missas diárias, sempre conduzidas por padres da diocese de Cachoeiro. No convívio cercado por paredes e grades, as religiosas fazem da Clausura a maior das liberdades.