36ª Semana Nacional de Liturgia reflete sobre o tema: “liturgia: oração da Igreja”, em Belo Horizonte (MG)
Entre os dias 14 e 18 de outubro, no recanto São José, em Belo Horizonte, aconteceu a 36ª Semana Nacional de Liturgia, promovida pelo Centro de Liturgia Dom Clemente Isnard, em parceria com a Rede Celebra. A temática refletida foi “liturgia: oração da Igreja”, em consonância com o Ano da Oração que prepara o Jubileu 2025.
Para o assessor do Setor Música Litúrgica, padre Jair Costa, a participação na Semana de Liturgia foi uma oportunidade preciosa de aprofundar a liturgia como oração da Igreja, e buscar na prática celebrativa os meios para uma participação mais viva e autêntica.
Segundo ele, a maneira como foram conduzidas as músicas nas celebrações e os ensaios de canto, com tempo suficiente, possibilitaram a integração do grupo nos ritos cantados, e mesmo pessoas que não se conheciam se sentiram acolhidas e conduzidas ao mistério pelo canto. “Mais uma vez se constatou a beleza e a necessidade de conduzir o grupo se constituir assembleia celebrante e manifestação do Corpo Místico de Cristo, pelos ensaios e mistagogia dos cantos”, disse.
A assessora do Setor Espaço Litúrgico, Raquel Schneider, pontuou que os temas de cada dia, refletidos a partir da experiência e pesquisa dos assessores, acompanhados pelas vivências, foram de grande importância, deram ritmo à Semana e construíram um belo fio condutor do tema central. De acordo com ela, as colocações a respeito do espaço e a afirmação de que este nunca é neutro, marcaram um momento de importante reflexão e crescimento da consciência a respeito da sua importância na vida da Igreja.
A presença dos assessores dos três Setores da Comissão Episcopal para a Liturgia reafirma a importância da formação para a pastoral, música e espaço celebrativo, em vista da participação consciente, ativa e frutuosa do Corpo de Cristo. A participação dos três setores em encontros e atividades litúrgicas pelo Brasil, reafirma o desejo do presidente da Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB, dom Hernaldo Pinto Farias.
Conferências e assessores
A conferência de abertura contou com a participação do assessor do Setor Pastoral da Comissão, frei Luís Felipe (OFMConv), que falou sobre a “liturgia como oração a Cristo”. Ele reforçou que para que a oração seja digna de crédito, faz-se necessário, e até urgente, que se apoie numa na sólida teologia do mistério da salvação: o mistério pascal, onde “Cristo associa sempre a si a Igreja, sua esposa muito amada, a qual invoca o seu Senhor e por meio dele rende culto ao Eterno Pai” (SC, n.7).
O horizonte e a realidade de toda e qualquer reflexão teológica-litúrgica é sempre o Mistério Pascal de Cristo refletiu o frei Luís Felipe. “Por isso, refletir sobre a liturgia como escola de oração é certamente algo essencial. É o encontro com a pessoa de Cristo que modifica o modo de pensar e a forma de viver, consequentemente, o hábito de rezar, a maneira de praticar a fé e o jeito de enxergar a Deus. É o encontro com o Senhor, mediado pelos sinais sensíveis que tangem os sentidos, que deixa marcas no corpo e na vida. O amor de Cristo e a Cristo deixa marcas que não dá para apagar”, concluiu.
Por Willian Bonfim, com informações assessores da Comissão para a Liturgia da CNBB
Fonte: CNBB