• 18 de Setembro de 2024

500 igrejas destruídas na Ucrânia desde início da guerra

Igreja da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria destruída por ataque aéreo em Novoekonomichne, região de Donetsk, em 30 de julho de 2024 Igreja da Natividade da Bem-Aventurada Virgem Maria destruída por ataque aéreo em Novoekonomichne, região de Donetsk, em 30 de julho de 2024 (AFP or licensors)

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Vatican News

"Desde o início desta guerra, os ataques russos já destruíram mais de 500 igrejas, casas de oração e outros prédios religiosos", escreveu no Telegram o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, acrescentando que "todos os crentes na Ucrânia sofreram com a invasão do mal russo".

O mandatário ucraniano também agradece por "cada demonstração de apoio ao nosso país e ao nosso povo na batalha pelas nossas vidas, vidas que a Rússia quer destruir completamente. Quem quer que seja que atinja igrejas com bombas e mísseis merece a condenação do mundo inteiro. E esta é exatamente a atitude que o Estado russo, o maior terrorista do mundo hoje, deveria receber."

Igreja destruída no povoado de Bohorodychne, região de Donetsk. (Photo by Roman Pilipey/AFP)

Igreja destruída no povoado de Bohorodychne, região de Donetsk. (Photo by Roman Pilipey/AFP)

Patriarca Bartolomeu informado sobre proibição da Igreja Ortodoxa fiel ao Patriarcado de Moscou

Volodymyr Zelensky também informou no Telegram que em telefone ao Patriarca Ecumênico de Constantinopla Bartolomeu I deu detalhes da lei aprovada esta semana pelo Parlamento em Kiev que proíbe na Ucrânia as atividades da Igreja Ortodoxa Ucraniana, ligada ao Patriarcado de Moscou.

"Tive um telefonema com o Patriarca Ecumênico Bartolomeu - escreveu Zelensky no Telegram -. Agradeci a Sua Santidade pelas suas orações pela Ucrânia e pelo seu apoio inabalável ao nosso povo. Avaliamos positivamente o desenvolvimento da nossa cooperação, em particular a recente visita produtiva de uma delegação ucraniana ao Patriarcado Ecumênico, e expressamos expectativas mútuas em relação a uma visita do Patriarcado”.

O Patriarca Ecumênico de Constantinopla, Primaz da Ortodoxia, primeiro entre os iguais, primus inter paris entre todos os patriarcas da Igreja Ortodoxa - reconheceu a Igreja Ortodoxa Ucraniana como uma Igreja nacional autocéfala em 2018. Oficialmente esta comunidade é chamada de Igreja Ortodoxa da Ucrânia (OCU), sendo liderada pelo Metropolita Epifanij (Dumenko), que em janeiro de 2019 obteve o tomos de autocefalia do Patriarca Ecumênico, completando a separação do Patriarcado de Moscou, que por sua vez, rompeu unilateralmente a plena comunhão com Constantinopla.

Até 2018, a Ortodoxia Ucraniana não tinha a sua própria Igreja nacional oficial: a única canonicamente reconhecida era a Igreja Ortodoxa Ucraniana (UOC), sob a jurisdição de Moscou, que é também a que está agora sujeita à proibição de Kiev, decisão que ganhou corpo após a apoio incondicional expresso pelo Patriarca de Moscou Kirill à invasão russa da Ucrânia.

“É muito importante compreender do mesmo modo o potencial unificador da Ortodoxia Ucraniana que a lei aprovada traz consigo”, afirmou Zelensky depois de falar com Bartolomeu, antes de insistir na necessidade de “eliminar verdadeiramente a dependência de Moscou” no plano religioso.

As autoridades ucranianas vêem a Igreja Ortodoxa Ucraniana, ligada ao Patriarcado de Moscou, como um apêndice do Kremlin para enfraquecer a causa nacional ucraniana e promover a ideologia pró-Rússia. Por seu lado, os bispos da Igreja Ortodoxa Ucraniana ligados a Moscou afirmam ter rompido todos os laços com a Rússia e denunciam a perseguição religiosa por parte das autoridades de Kiev.

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Fonte: Vatican News

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