• 19 de Setembro de 2024

Santa Missa celebra 200 anos da festividade de Nossa Senhora do Amparo, em Itapemirim

Santa Missa celebra 200 anos da festividade de Nossa Senhora do Amparo, em Itapemirim

No coração da Vila de Itapemirim, em Itapemirim, se impõe uma estrutura que representa a fé e a devoção de quem vive na cidade do Litoral Sul do Espírito Santo. A Igreja Nossa Senhora do Amparo é um dos monumentos que representa o início do cristianismo da cidade: foi o terceiro templo da religião, instalado em 15 de setembro de 1855.

No ano do bicentenário das festividades em honra à padroeira, a Igreja Matriz acolheu autoridades e fiéis para celebração da Missa Solene Especial, presidida pelo Vigário Episcopal para Comunicação da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim, Padre José Carlos Ferreira da Silva. A cerimônia religiosa aconteceu neste domingo, 08 de setembro, reunindo também Frades Menores Capuchinhos, ordem responsável pela administração paroquial.

Em sua reflexão, Padre José Carlos falou o que realmente significa o “Amparo” de Nossa Senhora, explicando que essa devoção existe porque foi a Maria que trouxe ao mundo o amparo.

“Maria nos trouxe o amparo que é Jesus. Ela foi a primeira a amparar o filho de Deus. Jesus, ao vir ao mundo, veio reeducar nossos corações. No lugar de um coração egoísta, preconceituoso, indiferente e que, por vezes, deseja vingança, nos traz outra proposta: um coração que caiba, acolhe e cuida de todos.”

O presbítero refletiu sobre o ato de Jesus de tocar diretamente a pessoa doente, manifestando proximidade e compaixão.

“No evangelho de hoje (Mc 7,31-37), Jesus visita Decápolis, próximo a Galileia. Alguns homens trouxeram à ele, um homem que era surdo e mal podia falar e pediram a Jesus que pusesse a mão sobre ele. Jesus o tirou do meio da multidão e colocou as mãos nos ouvidos dele. Hoje, nós chegamos nos consultório e muitas pessoas reclamam que os médicos, não nos tocam mais. Por vezes, olham mais para os computadores do que nos nossos olhos, não é verdade!?”, questionou o presbítero afirmando “Jesus, neste evangelho, toca aquele homem primeiro nos ouvidos e depois na língua e, naquele gesto, Jesus cura e refaz a alma dele. Isso é amparo”.

Para finalizar sua reflexão, Padre José Carlos fez uma relação entre o ouvir a palavra de Deus e escutar o irmão.

“Quem não consegue escutar o outro, tem muita dificuldade de ouvir a Deus, porque por muitas vezes, Deus nos fala através dos outros”.

200 anos de festividade

A origem da devoção a Nossa Senhora do Amparo reporta ao ano de 1625, quando uma Igreja dedicada a ela foi fundada pelos missionários jesuítas, nos Montes Castelos – atualmente região do Caxixe, próxima à Fazenda do Centro, no município de Castelo. Em 12 de novembro de 1710, foi elevada à Igreja Matriz da Paróquia dos Montes do Castelo, sob a nomeação de Nossa Senhora do Amparo.

Em 1765, devido à insegurança por ataques indígenas e devido à fome na região, os habitantes migraram a Igreja para o Sítio Itapemirim, levando as Imagens de Nossa Senhora do Amparo, a Pia Batismal, o sino e outros paramentos, edificando ali o primeiro templo. Um segundo templo foi erguido no centro de Itapemirim, do qual ainda existem ruínas.

A Paróquia Nossa Senhora do Amparo foi criada por ato diocesano de Dom Antônio Malheiros Reimão, 6.º Bispo do Rio de Janeiro, em março de 1769. E a atual e belíssima Igreja Matriz Nossa Senhora do Amparo, terceiro templo dessa Paróquia, foi inaugurada em 15 de setembro de 1855.

Em 2019, celebrando 250 anos da criação da Paróquia, a imagem de Nossa Senhora do Amparo peregrinou nas comunidades dessa Paróquia, bem como foi realizada a primeira edição do Caminho do Amparo, com fiéis percorrendo 100 quilômetros a pé entre Castelo, Cachoeiro de Itapemirim e Itapemirim, relembrando o caminho percorrido em 1765.

Segundo o pároco, frei Cleber Abel dos Santos, OFM.Cap “é uma grande alegria fazer parte dessa festa histórica. São 200 anos de história da festa e, no próximo ano (2025), celebraremos 400 anos da imagem de Nossa Senhora do Amparo. E os franciscanos, de modo especial os capuchinhos, fazem parte dessa história. O terceiro templo dedicado a Nossa Senhora do Amparo, foi construído por um religioso capuchinho”, observa.

Fotos:


Fotos: Eduardo Lopes

Fonte: Diocese de Cachoeiro

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