• 23 de Novembro de 2024

Sacramentos

Reconciliação
Conversão, Confissão ou Penitência

Reconciliar-se com Deus.

A Bíblia nos diz: "Dizendo isso, soprou sobre eles e lhes disse: Recebei o Espírito Santo; aqueles a quem perdoardes os pecados lhes serão perdoados; aqueles aos quais os retiverdes lhes serão retidos" (Jo 20,22-23).

Como vimos, a Igreja possui a autoridade dada por Cristo de perdoar ou não os pecados dos fiéis. Claro, a Igreja jamais deixa de perdoá-los, pois não existe para condenar, mas para salvar os filhos de Deus.

Quem peca fere o amor de Deus. Além disso o pecado sempre gera consequências físicas, ou seja, algum mal à Igreja e/ou ao mundo inteiro. Para repará-las as indulgências podem ser conquistadas para si mesmo ou para as almas do Purgatório (onde as almas se purificam antes de entrar no céu). Elas podem ser obtidas rezando-se o terço, fazendo meia hora de Adoração ao Santíssimo Sacramento e rezando-se um Pai Nosso, uma Ave Maria e um Glória ao Pai ao Santo Padre, o Papa.

Para confessar-se é preciso que se esteja arrependido, se mencione os pecados a um sacerdote (padre), por piores que sejam, pois jamais seremos condenados por eles, e a vontade de cumprir a penitência dada por ele (sacerdote) para a reparação dos pecados confessados.

É sempre importante, antes de se confessar, fazer um cuidadoso exame de consciência, procurando lembrar-se de todos os pecados cometidos desde a última confissão. Para este fim é útil a leitura dos dez mandamentos de Deus e/ou do Sermão da Montanha (Mateus, dos capítulos 5 ao 7)(Catecismo da Igreja Católica, parágrafos 1485 a 1498).

FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICO-TEOLÓGICA

Os profetas anunciaram que o Espírito do Senhor repousaria sobre o Messias (cf. Is 11,2). Toda a vida de Jesus se realiza na força do mesmo Espírito (Jo 3,34), em vista de sua missão salvífica (Lc 4,16?22; Is 61,1). A manifestação do Espírito Santo no batismo de Jesus foi sinal de sua messianidade e filiação divina (Mt 3,13?17; Jo 1,33?34).

O Senhor prometeu, várias vezes, enviar aos seus a efusão do Espírito Santo (Lc 12,12; Jo 3,5?8; 7,37?39; 16,7?15; At 1,8). Ele cumpriu esta promessa na ressurreição (Jo 20,22) e, de modo admirável, no dia de Pentecostes (At 2,1?4). Os que acolheram a palavra e foram batizados receberam o dom do Espírito Santo (At 2,38).

O Sacramento da Confirmação é conferido pela unção do óleo do Crisma na fronte, feita com a imposição das mãos, e pelas palavras: N., RECEBE, POR ESTE SINAL, O ESPÍRITO SANTO, O DOM DE DEUS.

“Desde então, os apóstolos, para cumprir a vontade de Jesus Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito Santo, que leva a graça do batismo à sua consumação (At 8,15?17; 19,5?6). [...] A imposição das mãos é, com razão, reconhecida pela tradição católica como a origem do sacramento da confirmação que perpetua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes” (Paulo
VI, Constituição Apostólica Divinae Consortium Naturae).

“Bem cedo, para melhor significar o dom do Espírito Santo, a Igreja acrescentou à imposição das mãos uma unção com óleo perfumado (crisma)” (C.I.C. 1289). A confirmação completa a iniciação cristã, solidifica a graça batismal e é sinal de uma participação mais intensa na missão de Jesus e na plenitude dos dons do Espírito Santo. Pela confirmação, o Espírito Santo, presente no coração do batizado, capacita e fortalece o cristão para a missão de ser luz que faz resplandecer o próprio Cristo.

A confirmação imprime na alma o caráter, marca espiritual indelével que aperfeiçoa o sacerdócio comum dos fiéis recebido no batismo, e confere a missão de testemunhar publicamente a fé. “Pelo sacramento da confirmação, os batizados são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de especial força do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras” (LG n. 11; cf. C.D.C. Cân. 879; AA n. 3). Assim como o Espírito Santo, derramado em Pentecostes, consolidou a vocação missionária da Igreja, a força do mesmo Espírito, conferida na confirmação, impele o cristão a se tornar missionário, em vista da edificação da Igreja (cf. 1Cor 14,12).

Os fiéis têm obrigação de receber a confirmação (cf. C.D.C. cân. 890); sem este sacramento e a eucaristia, o batismo é, sem dúvida, válido e eficaz, mas a iniciação cristã permanece inacabada.

“A confirmação está de tal modo ligada à sagrada eucaristia que os fiéis, já marcados com o sinal do batismo e da confirmação, são inseridos plenamente no corpo de Cristo pela participação na eucaristia” (DNC n. 9). O crismado é declarado plenamente iniciado e adulto na fé, pronto para a missão e o apostolado, na Igreja e no mundo.

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