Como são os ritos fúnebres dos bispos da Igreja Católica

O velório de Dom Geraldo Lyrio Rocha acontecerá a partir de 06h desta quinta-feira, 27 de julho, na Catedral Metropolitana, em Vitória. O ex-presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e arcebispo emérito de Mariana, em Minas Gerais, faleceu na madrugada nesta quarta-feira, 26.

O arcebispo viajou à Xingu-Altamira, no Pará, no domingo, 23, para orientar o retiro espiritual dos padres da diocese. Dom Geraldo sofreu queda, fraturou o fêmur e precisou ser hospitalizado. Em função de uma parada cardiorrespiratória, ele faleceu nesta madrugada.

● Como funciona o rito fúnebre dos bispos?

Em 2001 foi lançado o livro ”Cerimonial dos Bispos: Cerimonial da Igreja”, que aborda a liturgia episcopal e sua importância, trazendo as celebrações, sacramentais, datas importantes para os bispos e atos solenes do ministério episcopal, como é o caso do rito fúnebre.

De acordo com o livro, logo em caso de adoecimento do Bispo, já existem ações a serem executadas: em caso de doenças mais leves, ele deve receber os sacramentos da Penitência e da Eucaristia e, em caso de doenças mais graves, receber a Unção dos enfermos.

Quando há possibilidade de falecimento, o próximo passo consiste em receber o Sagrado Viático, que é o momento de Comunhão da pessoa que está à beira da morte. Nesta mesma ocasião, o bispo também conta com a assistência espiritual do presbitério, para garantir que sejam recitadas as preces de encomendação e que os fiéis de sua diocese rezem por ele.

● Após o falecimento

Ao ir de encontro à vida eterna e apenas seu corpo restar na terra, as preces do Ritual são ditas para que, a seguir, o bispo seja devidamente vestido: traje na cor roxa, insígnias da Missa estacional e o pálio, que é o manto recebido pela diocese, que, inclusive, se tiver mais de um pálio (por ter passado por transferência entre dioceses), estes são colocados também junto ao caixão, com exceção do bispo ter pedido, em vida, outra ação.

O próximo passo é a celebração das exéquias, cerimônia voltada ao bispo falecido, na catedral, para a exposição do corpo, conhecida como Missa de corpo presente, possibilitando a ida e oração dos fiéis por ele. Também é celebrada uma vigília ou Liturgia das Horas, uma oração da Igreja pelo bispo.

A celebração das exéquias é presidida pelo Presidente da Conferência Episcopal da região ou Metropolita e concelebrada por outros bispos, presbíteros e fiéis da diocese, sendo a última encomendação presidida apenas pelo bispo celebrante principal.

Seu corpo deve ser sepultado na Igreja, que como de costume, é a catedral da (arqui)diocese que serviu por último, no caso de Dom Geraldo a Arquidiocese de Mariana, e todas as comunidades pertencentes a ela são chamadas a orarem pelo bispo falecido.

● Velório e Sepultamento

○ Dia 26 de julho – Quarta-feira

Chegada do Corpo em Vitória – ES às 22:20h.

○ Dia 27 de julho – Quinta-feira

08h - Missa presidida por Dom Andherson Franklin (bispo auxiliar de Vitória)

10h - Missa presidida por Dom Luiz Fernando Lisboa(bispo de Cachoeiro de Itapemirim)

12h - Missa presidida por Dom Paulo Bosi Dal‘Bó (bispo de São Mateus)

14h - Missa presidida por Dom Jaime Spengler e Dom Ricardo Hoepers (presidente e secretário da CNBB)

16h - Missa presidida por Dom Lauro Sérgio Barbosa (bispo de Colatina)

18h - Missa presidida por Dom Dario Campos (arcebispo de Vitória do Espírito Santo) e traslado do corpo para Colatina - ES.

○ Dia 28 de julho – Sexta-feira

12h – Santa Missa na catedral de Colatina – ES e traslado do Corpo para Mariana – MG.

21h- Missa e Início do Velório em Mariana – MG no Santuário de Nossa Senhora do Carmo.

○ Dia 29 de julho – Sábado

7h- Santa Missa.

10h- Santa Missa.

14h- Início do traslado do Corpo saindo do Santuário de Nossa Senhora do Carmo para Catedral Basílica.

15h- Missa Exequial seguida do Sepultamento na Cripta da Catedral Basílica Metropolitana de Mariana – MG. Transmitida pelas redes sociais da Arquidiocese

;?>Fonte: Diocese de Cachoeiro